Coordenador: Prof. Moacir Kaminski (UFPR)
Relator: Profa. Teresa Regina Alpande (UFRRJ)
Participantes:
Edilza Geralda Ribeiro (FEPESMIG)
Gustavo Ferreira Leonhardt (IMT)
Gustavo Paim Valença (UNICAMP)
João Cardoso Pereira Netto (UMC)
Maira Rejane Marques da Silva (UFSCar-estudante)
Marcos Antonio da Silva Costa (UERJ)
Roberto de Campos Giordano (UFSCar)
Willibaldo Schmidell Netto (UMC)
Principais constatações:
Analisando os dados do questionário enviado às IES-EQ
para o levantamento das condições operacionais dos cursos
de graduação, conclui-se que a maior parte deles dá
às disciplinas anteriormente consideradas críticas (Cálculo
de Reatores, Controle de Processos, Termodinâmica e Transferência
de Massa) o tratamento recomendado nos ENBEQs anteriores.
Face a constatação acima, o grupo considerou que
estas disciplinas deixaram de apresentar os problemas que motivaram a criação
de grupos específicos para discussão e propostas que contemplavam
ementas básicas, cargas horárias e bibliografia desejáveis,
além de sua inserção no currículo dos cursos.
No entanto, o grupo considerou que essas disciplinas - não
mais críticas no que diz respeito a inserção
e forma - serão sempre críticas no que tange à importância
de seus conteúdos para a formação do engenheiro químico.
Por outro lado, dentro dessa mesma análise, observou-se
que essas disciplinas apresentam problemas que comprometem seriamente o
resultado didático, quais sejam:
1- Índice de reprovação acima dos desejáveis.
2- As disciplinas estão sendo tratadas de modo isolado, dificultando
a visão sistêmica do curso.
3- A formação básica de cálculo, incluindo
o numérico, com freqüência mostra-se dissociada do aprendizado
das disciplinas profissionalizantes.
4- A oferta de aulas práticas ainda não atingiu as metas
recomendadas, em especial no que diz respeito a cálculo de reatores
e controle de processos.
Na continuidade das discussões, o grupo detectou duas
áreas que, devido a conjuntura técnico-científica
atual, tornaram-se relevantes dentro da competência da engenharia
química: meio ambiente e engenharia bioquímica. Vale ressaltar
que as disciplinas relacionadas ao meio ambiente, freqüentemente,
não abordam os tratamentos biológicos ou químicos
de resíduos, dentre outros, com a visão do engenheiro. O
mesmo verificou-se quanto às disciplinas de engenharia bioquímica.
Principais linhas de ação:
a) Integração das disciplinas:
1- Recomenda-se utilizar um mesmo software de álgebra computacional
em todas as disciplinas de maneira a aproximar e integrar o ciclo básico
ao profissional e favorecer a compreensão dos conceitos da engenharia.
O uso desta metodologia deverá disponibilizar mais tempo para a
compreensão e aprofundamento desses conceitos.. Incentivar os professores
a usá-los.
2- Recomenda-se que sejam realizadas reuniões periódicas
entre os professores das disciplinas críticas e os da área
de processos e operações para o planejamento pedagógico,
de maneira a favorecer a integração das mesmas.
3- Alterar, se necessário, os programas das disciplinas de processos
e operações de maneira a atender à integração.
4- Recomenda-se que os conteúdos fundamentais de termodinâmica,
fenômenos de transporte, etc., sejam interligados com a efetiva cobrança
nas disciplinas de processos e operações.
5- Inserir em uma mesma disciplina aulas com professores de outras
disciplinas, ou mesmo de outras instituições e indústrias,
para salientar a integração, quando necessário.
b) Aulas práticas:
1- Montar e utilizar laboratório(s) multidisciplinares/multipropósito,
para uso integrado das várias disciplinas.
c) Meio ambiente e engenharia bioquímica:
1- Tratar as disciplinas de engenharia bioquímica e de
meio ambiente com abordagem que utilize os fundamentos da engenharia química
associados à microbiologia e enzimologia, incluindo a modelagem
dos processos e o dimensionamento dos equipamentos.
2- O grupo sugere a criação de uma comissão para
estudar esta questão.
d) Outras:
1- Recomenda-se que questionários de avaliação
das condições de oferta das disciplinas críticas continuem
sendo aplicados a todos os cursos como instrumento hábil de análise
para o próximo ENBEQ.
2- Acrescentar à ementa básica da disciplina de cálculo
de reatores o tópico: análise de reatores não isotérmicos
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